domingo, 24 de maio de 2015

Bradicardia, abracadabra!

Não faz sentido o ônibus estar sempre cheio às sete e vazio às dez. O esforço para adaptar o visual ao limiar de aceitação da sociedade é enorme, pois roupas e acessórios já não têm o mesmo brilho de antes. Grudar palavras difíceis na memória de curto prazo a fim de responder a perguntas supérfluas impressas num papel parece uma ação idiota. Os olhos em nada se alteram frente a um novo caso de opressão, porque há tempos já estão escancarados ao máximo. O horizonte tem trezentos e sessenta graus e o fim é sempre este.

No entanto. No entanto...
A magia do nós em nada diminui. 

Não faz sentido o ônibus estar sempre cheio às dezoito e vazio às vinte e três.